20.5.14

La stella Sophia

A coisa tá feia em Cannes. A disputa de roupa mais ensandecida vem levando aos tapetes vermelhos ou não as mais pavorosas e misóginas criações da alta costura. E o desvario conquista tudo quanto é mulher, desde as que só serão percebidas por um traje bizarro quanto as que têm beleza ou uma carreira bem estabelecida em qualquer área profissional.
Os últimos registros dão à bela, talentosa e graciosa Marion Cottillard o título de Pirada da Croisette. Por que a moça se veste de manhã com um microvestido que impossibilita, certamente, o sentar em qualquer lugar?



O efeito é até interessante, embora eu imagine o tempo gasto para prender tantos breguetes na roupa.. O excesso de botõezinhos, certamente, impede que a usuária se encoste ou recoste em qualquer lugar. Isso machuca... Mas a coisa ia piorar à tardinha...



... quando a bela surgiu vestida de Dona Baratinha Branca - e isso é Dior, acreditem

! E sempre com sapatos igualmente feios, harmonizando-se com as fantasias.


Marion me assustou de tal modo que eu até gostei do pois anos 40 da Sophia Coppola - e olha que eu sempre acho a Sophia com cara de entojo, o que  não condiz com figurino algum.



Também gostei da Eva Herzigova interpretando Nicole Kidman/Grace Kelly, bem floridinha...



As duas belas, acima, não ousaram muito, o que deu certo - um alívio para as breguices que surgirão abaixo, como ...




... as boazudas que não resistem a um lamê douradinho que dá um tom de panela recém-ariada às vestes.


Essa aí passou na Casa Turuna e pediu uma fantasia de Bruxa vai à Discoteca. 





 Eva Langoria arrumou um vestido nude (anteriormente conhecido como bege ou cor de pele) com um estranhíssimo rasgão no peito que dá a impressão de que decidiu homenagear as amazonas mastectomizadas.



A beleza de Alessandra Ambrosio contrasta com o pavor que é sua cobertura branca, numa mescla de estilos, dominado pela imensa fenda.


A maldição da renda sobre transparência, finalizada pela fenda na perna. Tudo horrível mesmo.



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Da série Azul é a cor mais feia: diáfana, rendada, fendida e com sapatos dourados de travesti.  Composição para levar à alma o sofrimento do blues.



Alice Braga, uma das poucas brasileiras do cinema com uma consistente carreira no exterior, parecia triste. Com o que ela vestiu, eu estaria aos prantos. 


Sabem aquela mania de brasileira customizar camiseta de camarote de Carnaval? Pois é, Adriane Galisteu deu um jeitinho na sua túnica de professora de Hogwarts. Cortou demais, faltou pano, mas ficou felicíssima.



E aí surge Sophia Loren, do alto dos seus 79 anos, com duas esmeraldas espetaculares como único destaque numa túnica simples, botando as starlets todas no chinelo.

                                              Não é por nada, não, mas eu sou mais Sophia...

2 comentários:

Lu Medeiros disse...

Sophia tá bem esticadaça, mas só de perto é que dá pra ver o pobrema. Nessa seleção de ai-me-deus, ela realmente mandou ver.

Anônimo disse...

Olga, você é mesmo imbatível. Panela recém-ariada, capa de sofá lá de casa, casa Turuna e tantas outras definições que sempre combinam maravilhosamente com o que se vê na foto. O que me espanta são as sandálias cafonérrimas de umas e outras como a da Anne Wintour, outras de "tamanco", outras de peep toe...a maioria sem ter feito as unhas. Tá feia a coisa mesmo. Imagine ano que vem?
Um abraço,
Raquel Edel