12.1.15

Globo de Ouro 2015

Premiações interessantes, arrojadas até. Grande Hotel Budapeste e Boyhood escolhidos como os melhores filmes, reconhecendo os trabalhos de diretores minuciosos, que compõem obras cuidadosas, sem o intuito de explodir bilheterias, mas sim o de buscar novas linguagens cinematográficas, sempre é um alento no universo pipocão da indústria cinematográfica. Julianne Moore, enfim, levando o principal prêmio de uma noite (assim como Kevin Spacey, oito vezes indicado, só nesta abiscoitando um Globo de Ouro), outro bom indício pro Oscar, mês que vem.
Mas aqui se exercita é a maledicência mesmo, sem qualquer veleidade politicamente correta.  Porque não há como ver gente tão bonita cometendo pecados mortais contra o bom gosto. Se bem que à parte a ousadia nos prêmios, a maioria dos trajes foi bastante convencional, tateando, rara e honrosamente, no estilo consagrado por Helena Boham-Carter, Bjork e Cher, as rainhas da extravagância em forma de roupa, começando com a metálica e divina Julianne Moore.


A junção de plumas e lamê pode ser muito ousada, mas Julianne tem um glamour que falta em Dakota Johnson, que também apostou no cinza metálico e ficou parecendo convidada de festa caipira intergalática ou de uma viajante do tempo que vai à discoteca.


Kerry Washington também apostou na armação metalizada, coloridinha como um peixe de aquário tropical. 



Emma Stone foi a Jodi Foster da noite, com calças compridas e um top em tramas de croché metálico. 



A jovem Lorde, sempre parecendo bem mais do adolescente, também no top e calças compridas.


Kathy Bates, com uma versão da túnica da posse de Dilma, mais bem cortada e apropriada para suas formas, foi um exemplo de que mulheres mais velhas e sem o padrão estético exigido no momento podem se vestir corretamente.


Laura Prepon, com o "Old Black" numa fantasia que serve tanto para noiva de Drácula quanto para dona de bordel de faroeste.

Patricia Arquette mostrando porque mulheres baixas não devem usar laços imensos.



Rede, tramas, transparência, a fórmula perfeita empregada por Gina Rodriguez para estragar um pretinho básico.


O casal mais charmoso da noite. Ms Clooney calçou luvas brancas e suavizou sua versão de Mortícia Adams.


Laura Carmichael e a estrela. Uma combinação interessante. 


Já a prata no preto de Katie Cassidy exigia, aparentemente, uma má postura dos ombros. 

O look cuidadosamente desleixado de Bill Sou Irreverente Murray ...


... não conseguiu superar o bege mãe da noiva  de Alan Cummings.





Emily Blunt foi de grega.


Kristin Wig com uma blusa dos tempos das discotecas. O tecido lembrava a padronagem de toalha de mesa. 


A corajosa Kate Hudson, de Versace, claro.


Não foi o pior vestido branco da noite. 



A bela Rosamund Pyke com um cortinado engana-mamãe apavorante.



Esta jovem caiu no conto do estilista misógino. Um erro atroz. 



Tina Fey, que sempre primou pelo bom gosto, mostrando porque ninguém acima dos cinco anos de idade deve usar uma saia balonê. 







J-Lo, em inacreditável boa forma e beleza, com um desses elogios aos desenhos animados futuristas. E unhas prateadas de mandarim chinês.




Na categoria John & Yoko, Patti Smith e Lennie Kaye.


Pra quem não sabe, o James Spader foi lindo. Sua mulher, Leslie Stefanson, foi a que optou pelo tecido de almofada da noite. Em vermelho, cor que bombou na festa.


Tenho quase certeza de que Allisson Janney já usou esse vermelhão em outras ocasiões.



Hours Concours na categoria Tribufu da Festa, Lena Durham até que se esforçou. E pra quem já se vestiu de piñata, até que foi uma boa versão da Dama de Vermelho.


Sienna Miller, vintage, de cetim. Camisolinha pros anos 1920.



Claire Daines de padronagem de  asas de borboleta. 


Lupita, ah, Lupita... Não resisti à montagem de algum brasileiro. Perfeita!!!


Por fim, a vencedora do Troféu Bjork do Golden Globe 2015 foi Kiera Knightley, com um vestido em defesa da conservação de diversas espécies de borboletas. Gola e babados injustificáveis. A prova de que existem, sim, estilistas que odeiam as mulheres. 



Um comentário:

Anônimo disse...

Perdi muitas dessas coisas, talvez por ter começado a ver perto do início da festa.
Nesta, meu primeiro espanto foi a distração de Jennifer Aniston (é assim que escreve?) ao subir ao palco para entregar um prêmio.
Ela levantou tanto a saia com fenda que exibiu as coxas inteiras e quase mostrou a cor da calcinha (ou sua ausência, sei lá).
Mas eu queria mesmo era ver seu companheiro de apresentação, Benedict Cumberbatch! Gracinha!