2.3.20

Ainda estranho o reacionarismo exuberante de alguns moradores do Balneário. Em Copacabana, a conversa com desconhecidos é mais frequente do que na Província, que, em compensação, demonstrava mais discrição nos preconceitos, talvez porque o Santa Marta estava tão próximo do asfalto. Aqui, à Beira Mar, as favelas guardam uma distância respeitosa do asfalto, há um entorno de castelo medieval antes de alcançar-se o encastelamento da "comunidade". É o comerciante que reclama de não conseguir vaga na creche pública porque não é "preto", o porteiro de um prédio (no qual não vou morar, horrível), que pergunta se um rapaz é "mulher ou homem", insistindo "aquilo é mulher, né?".
Ai de ti, Copacabana.

Maio/2019

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