No Balneário me reencontro com uma espécie animal cuja existência havia esquecido: os bichinhos de banheiro. Eles desapareceram de meu cotidiano como os bichinhos de banana. A vida passa e a gente nem nota que as espécies somem...
Pois bem, no lar provisório o primeiro espécime invertebrado percebido foram traças. O apartamento estava vazio, reformado, sem vivalma, mas com traças, essa praga que adotou a cidadania carioca. A segunda espécie a comparecer para nos saudar, assim que farejou alimentos na área foram formiguinhas céleres e miudinhas. Adoram as comidas do Agador, que acompanha intrigado o trajeto delas de seu pratinho até a janela da área de serviço, de onde se vão para algum formigueiro fora daqui.
Hoje, encontrei muitos bichinhos de banheiro, felizes, no box, aproveitando o vaporzinho deixado pelo aquecedor. A diferença dos que eu já conhecia: são menores, muito menores. E castanhos. Bichinho de banheiro antigamente, nos meus tempos de Ipanema, era sempre pretinho. Houve uma miscigenação ou eles sofreram alguma alteração genética e agora se mimetizam ao tom levemente castanho das paredes do banheiro.
Será que bichinho de banheiro só existe à beira-mar?
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