5.8.05

O momento em que os sapatos perdem os saltos



Um dia toda mulher quer o glamour eterno das divas hollywoodianas.
Cometer atos estranhos como jogar champanhe sobre um homem abobado,
entrar numa piscina de roupa e tudo,
olhar enigmaticamente para um ponto que ninguém percebe e ser percebida por todos.
O desejo de glamour chegaria bem quando estivesse calçada com um tênis velho,
feio, confortável o bastante para acolher pés doloridos a ponto de esmaecer qualquer laivo de charme que pudesse passar pela mente cansada.
Naquele instante da vida que se prolonga pela maturidade inteira,
o momento em que os sapatos perdem os saltos,
um suspiro enfraqueceria o vestígio da vontade fútil em favor da sabedoria
e daria alento ao consolo de prevalecer sobre a beleza apagada.

8 comentários:

Anônimo disse...

Há muito tempo só uso sapatilha ou tênis, Olga. Preocupação com glamour ficou no passado.

Olga de Mello disse...

Pois é, Sonia, eu estou quase aderindo totalmente a esses calçados, deixando pra trás meu apelido de Olga Scarpin, que me acompanhou por muitos anos.

Anônimo disse...

Eu sempre odiei saltos altos. Só usei na juventude, quando a gente acha que tem que usar tudo que as outras usam. Depois passei a usar, em ocasiões mais formais, um saltinho de nada, só pra dar um ar mais cerimonioso. Agora, com o problema do joelho, dei adeus aos saltos pra sempre. Godd riddance.

Olga de Mello disse...

Ah, amiga, eu sou fascinada por saltos altos. Sempre namorei uns gigantes e vivia montada nos saltos imensos...Agora, com excesso de peso, ficou difícil demais, mas ainda uso um saltinho confortável, de uns quatro dedos, quando a ocasião exige.
Pior que os saltos, para mim, são esses torturantes bicos finos de matar barata no canto da parede.

Unknown disse...

Olga, o negócio é o seguinte:
Mude esse post porque esse post é um poema não é um texto poético corrido. Pense bem, coloque as pausas, conte a métrica. É ou não é?
E aproveitando: lindo! Lindo!

Olga de Mello disse...

Rosa, minha filha,
Alguns textos podem ser poéticos sem ser poesia, não?
E depois do filho nascido fica difícil imaginar outra carinha pra ele...
beijo, minha revisora/consultora favorita!!!!

Unknown disse...

Ihhhhhhhhhhhhhhh!
Diz isso não que "Liv", Fedelha Gadelha e outras vão morrer de ciúme!!!!!!!!

Olga de Mello disse...

Marina Morena querida!!!! Você é minha leitora padrão! Quando o Arenas sair do mundo virtual para o concreto, seu nome estará impresso com jatos de areia!!!!