31.5.08


Eu gosto de textos preguiçosos, que fluem lentamente, uma tarde inteira escorrendo pelos dedos, sem pressa de terminar, sem pressão de fechamento.
Textos lânguidos, soberanos, mais importantes que o espaço a ser ocupado mecanicamente.
São esses os textos que, mais tarde, tornam-se nossas lullabies pós-almoço, casando-se tanto com redes e zumbidos de cigarras no verão, quanto com edredons e almofadas macios, mais combinados ao outono.
São esses os textos bons de escrever.

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